A Eslováquia tem 5,3 milhões de habitantes, entre os quais uma minoria cigana, que representa cerca de 8-9% da população. Os ciganos vivem na Eslováquia há mais de 600 anos. Mesmo assim, a maioria deles não está integrada na sociedade. Há inclusive alguns padres e freiras Rom, mas o “ministério cigano” é considerado mais difícil que a missio ad gentes.
Para os Salesianos da Eslováquia, a missão entre os Rom está intimamente ligada ao nome do Pe. Peter Bešenyei, que dedicou toda sua vida pastoral aos ciganos. A sua rica experiência missionária no país foi contada em livro, intitulado “O silêncio dos ciganos”, que ganhou um segundo volume no ano passado, intitulado “Matemos o racista em nós”.
Nos seus ensaios, o Pe. Peter aborda de maneira franca, aberta e ousada questões como o racismo, o preconceito e a segregação, assinalando-as de ambos os pontos de vista, isto é, do ponto de vista da maioria do povo eslovaco e da minoria cigana. Como pastor, educador e missionário experiente, o Pe. Peter oferece conselhos concretos a diferentes grupos de pessoas: médicos, professores, sacerdotes, entre outros. Os seus conselhos são sempre inspirados no Evangelho.
O Pe. Bešenyei é atualmente membro da comunidade salesiana de Košice e trabalha como diretor do Centro Pastoral Cigano e como Secretário da Conferência Episcopal Eslovaca para a Pastoral Cigana. É também Delegado Provincial para a Pastoral Cigana da Provínica “Maria Auxiliadora” da Eslováquia. Entre os 600 assentamentos ciganos na Eslováquia, o contributo salesiano representa apenas uma gota no oceano, mas oferece um sinal profético, não apenas à comunidade católica, mas também a toda a sociedade.
Publicado no Boletim Salesiano n.º 582 de Setembro/Outubro de 2020