Nova Arquidiocese de Díli, D. Virgílio da Silva: “Unir e consolidar os católicos”

Dezassete anos depois da sua independência, Timor-Leste tornou-se também uma Província Eclesiástica.

Em 2002, um novo estado foi criado na Ásia, com uma população muito jovem e taxas de desigualdade elevadas, fruto de pobreza rural e de grande vulnerabilidade às mudanças climáticas. Entre as águas que banham a Austrália e a Indonésia, encontra-se esta pequena ilha, dividida entre dois estados, e que abriga importantes reservas de gás e petróleo, e esconde uma história muito complexa. Ali, em Timor-Leste, os salesianos trabalham desde 1948. Na capital, Díli, vive o salesiano D. Virgílio do Carmo da Silva.

Ao criar a nova Província Eclesiástica de Díli, capital do Timor-Leste, no dia 11 de setembro de 2019, a Igreja consagrou o dinamismo de um pequeno país cuja população é na sua quase totalidade constituída por católicos e cujas riquezas naturais despertam a cobiça de grandes potências vizinhas.

Dezassete anos depois da sua independência, Timor-Leste tornou-se também uma Província Eclesiástica. O Papa criou a Província Eclesiástica de Díli, elevando a Diocese à categoria de Igreja Metropolitana, e elegeu como Igrejas sufragâneas as Dioceses de Baucau e Maliana, nomeando como primeiro Arcebispo metropolitano D. Virgílio do Carmo da Silva, salesiano, até agora Bispo de Díli. “Aproveitemos esta iniciativa para unir e consolidar os católicos de Timor-Leste, para crescer mais na Fé”, declarou o novo Arcebispo.

Antiga colónia portuguesa, Timor-Leste conta com um total de três dioceses: Díli, Baucau e Maliana, e conta com uma população de 1,3 milhões de habitantes. Criada em setembro de 1940 por Pio XII, a Diocese de Díli dependia da Diocese de Macau. Após a violenta anexação de Timor-Leste pela Indonésia, em 1976, o Papa Paulo VI optou por colocar a Diocese de Díli sob a autoridade direta da Santa Sé.

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Após a difícil independência ocorrida em 2002, as relações com a Indonésia muçulmana, potência ocupante, afrouxaram. Os confrontos ocorridos durante a fase de ocupação, entre 1975 e 1999, vitimaram entre 100.000 e 300.000 pessoas.

Timor-Leste tornou-se um parceiro económico muito cobiçado na Região.

Dando-lhe o estatuto de Província Eclesiástica, a Santa Sé fortalece, no cenário internacional, a independência de um dos mais jovens estados católicos do mundo. 

Publicado no Boletim Salesiano n.º 577 de Novembro/Dezembro de 2019

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