O Papa Francisco, na recente entrevista à Rádio Renascença, destacou o papel de Dom Bosco como modelo para uma “educação de emergência” tão necessária em tempos de crise.
O Papa refere que “é urgente, sobretudo para as congregações religiosas que têm como carisma a educação, mas também os leigos, os educadores leigos, que inventem cursos, pequenas escolas de emergência.”, um apelo já tinha lançado no encontro com a Família Salesiana na Basílica Maria Auxiliadora quando alertou para a necessidade de “uma educação adequada à crise”.
Agora na entrevista à jornalista Aura Miguel, no dia 8 de setembro, ele retomou o tema referindo que este “é o tempo da educação de emergência. Foi o que fez Dom Bosco. Dom Bosco, quando viu a quantidade de crianças que havia na rua, disse “tem de haver educação”, mas não mandou as crianças para a escola média ou secundária, sim aprender ofícios. Então, preparou carpinteiros, canalizadores, que os ensinavam a trabalhar e, assim, já tinham com que ganhar o pão. Dom Bosco fez isso.”
Na mesma entrevista, o Santo Padre contou um pequeno episódio da vida de Dom Bosco para mostrar que a Igreja não deve fugir do perigo, mas correr para onde há perigo, socorrendo os mais necessitados:
“…era uma zona muito pobre (Roma, perto do Trastevere), mas que agora é zona da moda para os jovens, para a “movida”, não é? Pois Dom Bosco passou por ali, ia de carruagem – ou de carro, não sei – e atiraram-lhe uma pedrada que partiu o vidro. Ele mandou parar e disse: “Este é o lugar que onde vamos ficar!”. Ou seja, perante uma agressão, não a viveu como agressão, viveu-a como um desafio para ajudar aquela gente, as crianças, os jovens que só sabiam agredir. E hoje, existe ali uma paróquia salesiana que forma jovens e crianças.”
Neste , pode ler a entrevista completa, na qual o Papa aborda várias questões, entre as quais a hospitalidade aos refugiados, a vida particular, a sociedade do bem-estar, a eternidade, o Sínodo da família, o Jubileu da Misericórdia e outras.
Com ANS
Foto: Rádio Renascença