Foi no já longínquo 29 de junho de 1948 que o jovem diácono se prostrou nos lajedos frios da Sé Patriarcal implorando a misericórdia e a graça de Deus para o seu sacerdócio. Tinha 27 anos!
Começava a grande aventura salesiana e sacerdotal.
Fez tudo o que podia e não podia, lutou, batalhou e conquistou!
Foi professor, missionário, diretor de um espaço literário, conferencista, escritor, poeta e confessor. Fez tudo isso como se as grandes tarefas da sua vida dependessem do seu ânimo, coragem e talento. Mas percebe-se, na simplicidade de vida, que nada lhe pertence.
Sabe que não é dono: apenas pastor.
O P. José Francisco Fernandes celebra 70 anos de sacerdócio rodeado de sacerdotes, salesianos, salesianas e amigos conservando o seu sorriso encantador, mantendo intacta a capacidade de espanto perante a sedução das novas tecnologias.
S. Paulo na Carta aos Filipenses sugere esta imagem: «Uma coisa faço: esquecendo-me daquilo que fica para trás e lançando-me para o que vem à frente, corro em direção à meta» (Filipenses 3, 13-14).
Poderosa exortação do Apóstolo para quem recebe o Sacramento da Ordem. O gesto de esquecer e de deixar para trás é uma decisão espiritual necessária para um servidor do Evangelho. Avançar no tempo, até ser um em Cristo, é plenitude de vida.
Parabéns, sacerdos in aeternun!
BODAS DE PLATINA DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL PE. JOSÉ F. FERNANDES, MANIQUE, 29 DE JUNHO DE 2018 Bendigo agora e na hora, Bendigo o Senhor que me criou. Bendigo os meus antepassados: O dia em que nasci, O tempo em que vivo E as terras que percorri. Bendigo a terra onde estou, A missão que escolhi E à qual Deus me chamou. Sou feliz aqui Nesta rota que sulquei. Bendigo tudo quanto sei E algumas coisas esquecidas. Bendigo os meus irmãos carnais E outros mais Que são toda a humanidade. Dou graças a quem me ajudou Nesta batalha ocorrida No desemburrar da minha vida: Aos professores e superiores, Aos meus conselheiros, Amigos verdadeiros Que me ensinaram com o exemplo A ser deles imitador. A todo o mundo eu sou devedor; Mas principalmente à Congregação Que nasceu do coração De Dom Bosco nosso Pai. A ela vai Nesta hora e momento O primeiro agradecimento. Bendigo plantas e animais E o sol que nos alumia. E também este dia, Este momento No qual eu pus a semente (a preciosíssima semente) Da felicidade Para quem está presente. Que a todos seja bendita, Em nosso ter e haver, Esta bênção que deixo escrita.
BOLETIM INFORMATIVO HOJE – Notícias dos Salesianos de Portugal – 3 DE JULHO DE 2018 | N.º 17 – Coordenação: J. Antunes, sdb