Salesianos do Estoril: Recriar a catequese

A atual situação pandémica tem obrigado as comunidades a repensar as suas atividades pastorais. Assim tem sido na comunidade dos Salesianos do Estoril que restruturou a catequese da comunidade.

Para isso, foram importantes as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa na sua nota sobre “Celebrar e viver a fé em tempo de pandemia” (Fátima, 13/11/2020). Nela foi feito o apelo para que as atividades pastorais, nomeadamente a catequese, adotassem “comportamentos responsáveis, com objetivo de travar a vaga de contágios”; dedicassem “um tempo razoável à oração pessoal e, se possível, em família”; que os catequistas mantivessem o “contacto com os catequizandos e suas famílias”; e, que os pais fossem protagonistas “como primeiros catequistas, a transmitirem aos seus filhos a mensagem cristã.”

Conscientes das limitações atuais, os Salesianos do Estoril adotaram os meios digitais para a catequese do 5.º ao 10.º volume. De quatro em quatro semanas, os temas de catequese são intercalados por sessões síncronas, por videoconferência, e assíncronas, com o desenvolvimento de atividades em casa.

Na primeira semana os catequizandos recebem uma pequena atividade para reflexão pessoal sobre o tema, uma leitura, ou vídeo ou perguntas, e partilham com o catequista a sua reflexão. Na segunda semana há um encontro síncrono, em que se aprofunda o tema, relacionando a experiência humana com a Palavra de Deus. Na terceira semana é proposta uma atividade em família, um jogo, ou ler a Palavra de Deus, uma receita, dando o devido feedback. Por fim, na quarta semana, a sessão síncrona é um momento de oração e vivência espiritual em grupo.

Esta experiência tem evidenciado aspetos muito positivos: os catequizandos revelam-se mais participativos e disponíveis em contactar os amigos que não estão presentes. Permite uma maior aproximação ao ambiente familiar e envolvimento da família na educação da fé dos filhos. Falta necessariamente a proximidade, o contacto físico e a participação na Eucaristia como grupo, mas é uma oportunidade de trabalhar em conjunto a vivência cristã em família.

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Os desafios são oportunidades para repensar práticas e dar lugar à criatividade. Quando, por vezes, pensamos que não há nada a criar de novo, eis que ressoa nos nossos corações aquela afirmação de S. João, “eis que faço novas todas as coisas” (Ap. 21, 5).

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