Foi através de um Salesiano e de um exemplar das “Memórias do Oratório” que Sónia Évora, professora de Inglês, portuguesa de origem cabo-verdiana, conheceu São João Bosco e a obra salesiana.
«Foi um sacerdote salesiano que me ofereceu as “Memórias do Oratório”», recorda, «fiquei profundamente comovida e pensei “aqui está alguém que os compreende, que realmente conhece os corações destes jovens, que é capaz de lhes chegar e que se hoje estivesse aqui, não seria indiferente a estes meninos”».
«Nessa altura, há cerca de oito anos, estava a coordenar o grupo de jovens da Paróquia da Estrela, em Lisboa, que procurava trazer os jovens para a Igreja através do que mais gostavam».
A ideia de criar um oratório não surgiu de imediato. «Foram surgindo como resposta às circunstâncias que assim o exigiam e o encontro com pessoas que também sentiam esta mesma necessidade», explica Sónia, que desde há seis anos tem trabalhado com paróquias, grupos de jovens, leigos, e grupos de oração na criação de cinco oratórios nas paróquias do Barreiro, Tojal e Amora, na região de Lisboa.
Os cinco “Oratórios Missionários do Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria” são frequentados por crianças e jovens que participam em várias atividades propostas.
Oração, estudo, pátio, ocupação das férias escolares com campos de férias e retiros para os pré-adolescentes e jovens, são algumas delas.
Sónia Évora avalia o projeto: “Cada dia no Oratório é uma dádiva de Deus, não olhamos para o futuro enquanto atividade, caminhamos ao ritmo do coração da comunidade onde estamos. Aqui as expetativas prendem-se apenas com cada criança, cada adolescente que por aqui passa, como está a crescer em todos os aspetos e a descoberta do sonho que o Senhor tem para cada um”.