Eis que morreste. Mortalmente triste
Eis que morreste. Mortalmente triste
Divaga a flor da aurora entre os teus dedos
E o teu rosto ficou entre as estátuas
Velado até que o novo dia nasça.
Se nenhum amor pode ser perdido
Tu renascerás – mas quando?
Pode ser que primeiro o tempo gaste
A frágil substância do meu sono.
Sophia de Mello Breyner Andresen, 1919-2004, In Coral, Assírio & Alvim, 1950
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